Tocantins, 18 de April de 2025 - Mira Jornal - 00:00
Uma tristeza que se repete mês a mês; a blindagem de um crime
Uma tristeza que se repete mês a mês; a blindagem de um crime


Uma tristeza que se repete mês a mês; a blindagem de um crime
Nestes dois anos e quatro meses, pós morte de Moisés da Sercon, ao rabiscar mais um xis neste dia 30 do calendário, lembro daquela última semana de vida do então prefeito de Miracema do Tocantins.
Estava feliz e radiante por estar cumprindo compromissos de campanha, exatamente no aniversário da cidade, quando o município comemorava os simbólicos 70 anos de emancipação.
Assim aconteceu: in loco, inaugurou a ampliação da rede de água, canalização de águas pluviais e implantação do sistema de esgoto no, considerado esquecido, setor Santa Filomena; e as pontes Biés e Galvões, sobre o rio Providência.
Até a entrega dessas obras, sua gestão já tinha realizado dezenas de ações sociais, implementado reestruturação administrativa nas secretarias e órgão municipais, além de resgatar o crédito financeiro e logístico do município e a confiança da população.
Tudo isso justificava sua alegria, que o levou a dançar com munícipes na festa de aniversário, a discursar com humildade e sem rancor, e se emocionar ao ser aclamado, juntamente com sua esposa Camila Fernandes e familiares, pela multidão que de forma alucinante demonstrava gratidão aos gritos de “Moisés, nosso Moisés!”.
No dia anterior àquele 25 de agosto, Moisés e Camila participaram do culto organizado pelo Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos, em comemoração ao Dia Municipal do Evangélico (24 de agosto), quando o cantor gospel, nacionalmente conhecido Mattos Nascimento, improvisou uma canção em sua homenagem, pedindo benção e proteção divina, como suposta prevenção a riscos que corre um singular gestor.
Antes de seu último discurso, feito na festa de aniversário da cidade, num circuito improvisado próximo ao rio Providencia, diversas autoridades presentes (políticos, militares e eclesiásticas) deram testemunhos de honraria e competência ao prefeito Moisés da Sercon, como também pioneiros moradores da região, como Dona Adelcina Bié (já falecida), que alertou o perigo que o prefeito corria, porque ‘fez o que muitos prometeram e não cumpriram’, e promoveu orações pedindo proteção para Moisés.
Cinco dias depois daquele festivo sábado, numa quinta-feira, 30 de agosto, ainda pela manhã, Moisés da Sercon, em sua caminhonete seguiu para a cidade vizinha (a 22 km) Miranorte, onde deixou funcionários num posto de combustível (cliente de seu escritório de contabilidade) e chegou à prefeitura da cidade, onde conversou com o gestor e teria saído rumo ao posto para pegar os funcionários.
Estes teriam esperado o prefeito por muito tempo, sem que tivessem noticias dele.
Já na metade do dia veio a noticia estarrecedora: Moisés foi encontrado morto dentro de sua caminhonete, numa estada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois.
O desespero da família e a comoção popular se estampavam na primeira capital do Tocantins, enquanto a pergunta que não quer calar, ainda ecoa em todos os cantos do município e do estado: Quem e por que matou Moisés?
Essa pergunta, dois anos e quatro meses depois, continua sem resposta. Várias especulações invadiram as redes sociais e a policia investigativa, a cada passo, eliminava algumas linhas de investigação como suicídio, latrocínio e crime passional, enquanto familiares e amigos apostavam em crime político.
Sob a justificativa de se tratar de investigação sigilosa, a policia tem resguardado informações, mas já deixou subentendido que se trata de crime com motivação política, que a autoria tem conhecimento sobre os trabalhos investigativos da policia, e que logo estaria apresentando a elucidação do crime.
Pelo que nosso mirajornal.com apurou, ainda no final do ano passado e inicio deste ano, houve um vai e vem do inquérito entre a Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça, culminando com uma deliberação de um juiz da Comarca de Miranorte. Segundo uma fonte, essa deliberação promove procedimentos investigativos, já em caráter terminal. A mesma fonte assegura que a elucidação poderá acontecer até as eleições municipais.
Dois anos e quatro meses depois, a viúva do prefeito assassinado, Camila Fernandes, eleita prefeita sob clamor e comoção popular, quem sabe, a partir de agora, sua voz clamando justiça poderá ecoar mais longe, ultrapassando barreiras impostas por desinteressados na elucidação.
Abraço desse escriba. Até mais ver..
Uma tristeza que se repete e a blindagem de um crime
Uma tristeza que se repete e a blindagem de um crime

Estava feliz e radiante por estar cumprindo compromissos de campanha, exatamente no aniversário da cidade, quando o município comemorava os simbólicos 70 anos de emancipação.
Assim aconteceu: in loco, inaugurou a ampliação da rede de água, canalização de águas pluviais e implantação do sistema de esgoto no, considerado esquecido, setor Santa Filomena; e as pontes Biés e Galvões, sobre o rio Providência.
Até a entrega dessas obras, sua gestão já tinha realizado dezenas de ações sociais, implementado reestruturação administrativa nas secretarias e órgão municipais, além de resgatar o crédito financeiro e logístico do município e a confiança da população.
Tudo isso justificava sua alegria, que o levou a dançar com munícipes na festa de aniversário, a discursar com humildade e sem rancor, e se emocionar ao ser aclamado, juntamente com sua esposa Camila Fernandes e familiares, pela multidão que de forma alucinante demonstrava gratidão aos gritos de “Moisés, nosso Moisés!”.
No dia anterior àquele 25 de agosto, Moisés e Camila participaram do culto organizado pelo Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos, em comemoração ao Dia Municipal do Evangélico (24 de agosto), quando o cantor gospel, nacionalmente conhecido Mattos Nascimento, improvisou uma canção em sua homenagem, pedindo benção e proteção divina, como suposta prevenção a riscos que corre um singular gestor.
Antes de seu último discurso, feito na festa de aniversário da cidade, num circuito improvisado próximo ao rio Providencia, diversas autoridades presentes (políticos, militares e eclesiásticas) deram testemunhos de honraria e competência ao prefeito Moisés da Sercon, como também pioneiros moradores da região, como Dona Adelcina Bié (já falecida), que alertou o perigo que o prefeito corria, porque ‘fez o que muitos prometeram e não cumpriram’, e promoveu orações pedindo proteção para Moisés.
Cinco dias depois daquele festivo sábado, numa quinta-feira, 30 de agosto, ainda pela manhã, Moisés da Sercon, em sua caminhonete seguiu para a cidade vizinha (a 22 km) Miranorte, onde deixou funcionários num posto de combustível (cliente de seu escritório de contabilidade) e chegou à prefeitura da cidade, onde conversou com o gestor e teria saído rumo ao posto para pegar os funcionários. Estes teriam esperado o prefeito por muito tempo, sem que tivessem noticias dele. Já na metade do dia veio a noticia estarrecedora: Moisés foi encontrado morto dentro de sua caminhonete, numa estada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois.
O desespero da família e a comoção popular se estampavam na primeira capital do Tocantins, enquanto a pergunta que não quer calar, ainda ecoa em todos os cantos do município e do estado: Quem e por que matou Moisés?
Essa pergunta, dois anos depois, continua sem resposta. Várias especulações invadiram as redes sociais e a policia investigativa, a cada passo, eliminava algumas linhas de investigação como suicídio, latrocínio e crime passional, enquanto familiares e amigos apostavam em crime político.
Sob a justificativa de se tratar de investigação sigilosa, a policia tem sonegado informações detalhadas, mas já deixou subentendido que se trata de crime com motivação política, que a autoria tem conhecimento sobre os trabalhos investigativos e periciais e que logo estaria apresentando a elucidação do crime.
Pelo que nosso mirajornal.com apurou, ainda no final do ano passado e inicio deste ano, houve um vai e vem do inquérito entre a Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça, culminando com uma deliberação de um juiz da Comarca de Miranorte. Segundo uma fonte, essa deliberação promove procedimentos investigativos, já em caráter terminal. A mesma fonte assegura que a elucidação poderá acontecer até as eleições municipais.
Ocorre que, sob dúbias intenções, mais uma vez, entre os dias 25 e 30 de agosto, dois anos depois e véspera para convenções municipais e registro de candidaturas eletivas de 2020, uma noticia que tenta enxertar o campo investigativo, plantando sugestões inverossímeis e desrespeitosas, foi repercutida nas redes sociais, quem sabe, para blindar fatos atingindo a memória de um idealista morto, que ainda revive através de seus ideais plantados nos corações dos miracemenses.
A História de um Povo e sua Terra ... um povo sofrido, comovido, mas que continua vivo. Vivendo por Miracema.
A História de um Povo e sua Terra ... um povo sofrido, comovido, mas que continua vivo. Vivendo por Miracema.

Antes de libertar-se do jugo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20.
Já nos anos 40, o saudoso Américo Vasconcelos, em homenagem aos indígenas (Xerente) da região, batizou o já distrito com o nome de Miracema, substantivo feminino que significa ‘Migração dos Povos’.
Conta a lenda que ‘Seu’ Américo, sentado no barranco que hoje é o Ponto de Apoio, contemplava as águas do rio Tocantins, daí o simbolismo, ‘Olhando (mirando) as águas’. Na linguagem Xerente (Akwẽ-Xerénte Krikahâ dawanã hã) ‘Miracema’ é originário do tupi antigo ‘pirasema’, que significa "saída de peixes" (pirá: peixe e sema: saída). Mirando aquelas águas, ‘Seu' Américo vislumbrava o “Nascer de uma criança”, conforme traduz o ‘Dicionário de Nomes Próprios’, embora Miracema em tupi-guarani, significa literalmente: ¨pau que
sai (brota) ¨. ( mirá (ibirá) + cema ).
Como o então governo Getúlio Vargas proibia a duplicidade de nomes, um fatídico decreto de dezembro de 1943, denominava o distrito com a toponímia de Cherente (com ch mesmo), que prevaleceu até 25 de agosto de 1948, quando João Reis, Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo, foram buscar em Goiânia uma legenda com o então senador Domingos Velásquez, para disputar as eleições, já que o PSD e a UDN estavam nas mãos de um casal em Santa Maria do Araguaia.
Conforme conta em seu livro 'Retalhos de um passado', o escritor e historiador Américo Vasconcelos, contra tudo e quase todos do município de Couto Magalhães, João Reis foi eleito prefeito e os amigos elegeram-se vereadores, quando em clima festivo dos habitantes daqui, seguiram sobre lombos de burros por aproximadamente 200 km, até a sede do município para cerimônia de posse, em Santa Maria do Araguaia, hoje Araguacema.
O primeiro ato da nova legislatura foi a Resolução Nº 1, de autoria do vereador Delfino Araújo, que desmembrava o distrito, criando assim o município de Miracema do Norte, devidamente sancionada pelo prefeito João Reis.
A partir daí, a ‘pacata cidade’ ganhou projeção nacional, confrontando inclusive, sua homônima do Rio de Janeiro, mas o abandono por estar no norte goiano a fez parar no tempo e no espaço.
A exemplo da lenda do pássaro Fênix, que ressurgiu das cinzas, a saga de Miracema estava apena começando:
foi invadida pelas águas do rio Tocantins, em 1980, quando ressurgiu ... das águas, e depois foi cantada pela Banda Blitz na composição de Evandro Mesquita “A Dois Passos do Paraíso”; serviu de útero e berço para o nascimento do Estado do Tocantins, quando foi primeira capital, embora em caráter provisório, mas em menos de um ano deixou de ser capital e foi atirada num caos social; foi em sede da regional e de uma subestação da Eletronorte, após ter em seu território a construção da primeira Usina Hidrelétrica privatizada do país, logo perdeu a sede da estatal e lhe foi subtraído 50% do ICMS arrecadado da Usina; teve realizado o sonho da construção de uma ponte sobre o rio Tocantins, porém fora da zona urbana do município.
Miracema ainda perdeu a seccional do IBGE, da Receita Federal, e engoliu os desatinos herdados de duas ONGs que consumiram suor e sangue da administração municipal.
Mais recentemente, elegeu um jovem administrador que conseguiu, a ‘duro custo’, fazer ressurgir das cinzas uma cidade desacreditada: pagou e negociou dívidas; resgatou o crédito municipal; devolveu a auto estima do município e o amor próprio de sua gente; construiu duas sonhadas pontes; e negociou com a concessionária BRK Ambiental, a ampliação da rede de água, escoamento de águas pluviais, implantação da rede de esgoto e pavimentação asfaltica em todos os setores da cidade, começando pelo Santa Filomena, já concluído.
Esse foi o último vôo do Fênix, que sucumbiu, até que seus ideais sejam ressuscitados. Um tiro na cabeça e o abandono de um corpo inerte em sua própria caminhonete numa estrada vicinal, calou, por enquanto, um povo sofrido, comovido, mas que continua vivo. Vivendo por Miracema.
Pronto ... Falei !
Pré-campanha afunila processo político em Miracema do Tocantins
Pré-campanha afunila processo político em Miracema do Tocantins

A primeira capital do Tocantins, prestes a completar 72 anos de emancipação política dia 25 de agosto, ainda guardando forte comoção devido o assassinato do então jovem prefeito de 44 anos, Moisés Costa/MDB, próximo a completar dois anos sem elucidação, afunila seu processo político vislumbrando três candidaturas para administrar o município.
Como se sabe, o grupo que elegeu o então prefeito Moisés da Sercon, como era conhecido, sofreu rachadura fulminante, quando o então vice-prefeito Saulo Milhomem/então PRTB, assumiu o Executivo Municipal. O desentendimento provocou ‘debandadas’ e demissões, bifurcando para dois grupos opostos que se digladiam pelas redes sociais, esquecendo que um dia já foram ‘juntos e misturados’.
Dessa implosão surgiram, a já esperada candidatura a reeleição do atual gestor e a aclamada candidatura do símbolo maior deixado por Moisés: sua esposa Camila Fernandes/sem partido.
Por outro lado, uma dúvida atroz, gerada pela incerteza da candidatura do ex-prefeito Júnior Evangelista/PSC, comprometia o aglutinamento de ‘simpatizantes não Saulo e não Camila’, até que o também ex-deputado estadual decidiu não confrontar a justiça e refluiu de sua pré-candidatura, oportunizando a vereadora de seis mandatos, Maria Bala/PTB, se declarar candidata.
Faltando menos de duas semanas para inicio do período de convenções e registros de candidaturas, os três grupos, encabeçados por Saulo Milhomem/PP, Camila Fernandes/Sem Partido e Maria Bala/PTB, anunciam chapas completas de postulantes às onze cadeiras da Câmara de Vereadores, mas apenas Maria Bala teria anunciado seu candidato a vice-prefeito: Professor Bernardo Kleppa/PTB. Vale lembrar que Maria Bala tem se definido como opositora ao atual gestor.
O grupo do prefeito, supostamente, não discute publicamente o nome de quem comporia a chapa como vice-prefeito, mas deixa escapar especulações de correligionários, simpatizantes à nomes como Fred, Moadir, Neirisvan e Júnior Noleto.
Já o grupo que referenda Camila Fernandes, dispõe também de diversos nomes postulantes a vice-governadoria municipal como, o vereador reeleito e também reeleito presidente da Câmara Municipal, Edilson Tavares, o ex-procurador do Município, advogado Flavio Suarte, o assessor do ex-governador Marcelo Miranda, Bento Alves, e o ex-comandante da 6ª Cia. Independente da Policia Militar, Coronel Márcio Bandeira, estes pela legenda MDB. Pela legenda SD, o empresário Aprijo Ribeiro, que teria desistido da candidatura a vice num depoimento pelas redes sociais, segundo uma fonte, teria refluído e mantido sua postulação.
Cabe observar que Camila Fernandes não é filiada a nenhum partido político, por ser militar ativa, destarte, proibida pela legislação eleitoral até a convenção partidária lavrada em ata. A partir do registro da candidatura deverá optar por uma legenda por conformidades com o TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Vale lembrar que, não existe impedimento para composição de candidatos majoritários, titular e vice, da mesma legenda, chamada popularmente de ‘chapa puro-sangue’. O que predomina é o pontencional do escolhido agregar votos e valores. Por outro lado, ao escolher um vice não agregador e rejeitado, potencialisa o risco de insucesso no pleito majoritário.
Pronto ... Falei !
“Família unida jamais será vencida” é o lema deixado por Moisés Costa
“Família unida jamais será vencida” é o lema deixado por Moisés Costa

Redes Sociais

Parte dos familiares de Moisés da Sercon
Sistematicamente, no dia 30 de cada mês, familiares do prefeito morto em 2018 se reúnem em torno da viúva, Camila Fernandes, para falar de saudade, cobrar justiça e projetar o sonho do singular prefeito eleito por mais de 84% dos votos da primeira capital do Estado.
Num país injusto como o nosso Brasil, tem sido comuns assassinatos de políticos que se destacam pela diferença. Amar sua gente, desenvolver sua terra e combater a corrupção, tem custado caro para políticos sonhadores. Eles têm amparo do povo, mas não tem da justiça.
Não dos profissionais da justiça, mas sim do contexto da justiça com equipamento e tecnologia aquém da necessidade. Além do mais, em muitas vezes, precisam enfrentar as trancas promovidas pelo interesse capital, razão pela qual merecem aplausos pelo que podem e que deixam fazer pela justiça.
Diante de uma investigação protelada pelo tempo, a maioria esmagadora dos miracemenses decidiu evocar sua própria justiça: eleger a viúva Camila Fernandes, prefeita do município, para realizar os ideais do marido, o sonho do prefeito morto, o progresso de um povo e, quem sabe, saber por que mataram Moisés.
Mesmo convivendo com sua dor pessoal, Camila Fernandes não resistiu às dores dos miracemenses e aceitou – a despeito de sua realização profissional, como enfermeira formada e concursada do Estado, oficial da Policia Militar do Tocantins, empresária bem sucedida e independente financeiramente – se candidatar a prefeita de Miracema do Tocantins e para isso, a família está cada vez mais unida, vislumbra José Luiz Costa, acrescentando que “familiares e comunidade formam a ‘Família Moises" e concluiu: "Família unida jamais será vencida”.
RELEMBRE
Na manhã de 30 de agosto de 2018, o prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés da Sercon/MDB teria indo à Miranorte, cidade vizinha a 22 km do centro de Miracema, para um encontro com o prefeito daquela cidade Antonio Carlos Martins, conhecido por Carlinhos da Nacional/MDB. Moisés teria deixado funcionários num posto de combustível, cliente de seu escritório de contabilidade (Sercon), antes de seguir para a prefeitura local.
Após audiência com Carlinhos, Moisés teria saído do prédio e não mais visto, até ser encontrado horas depois, dentro de sua caminhonete, abandonada numa estrada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois, morto com um tiro na cabeça.
O crime completou um ano e dez meses neste dia 30, sem elucidação.
14 meses sem Moisés da Secon; 457 dias com uma justiça sem resposta
14 meses sem Moisés da Secon; 457 dias com uma justiça sem resposta

14 meses sem Moisés da Secon; 457 dias com uma justiça sem resposta

Nesta quarta-feira, 30, familiares e amigos de Moisés da Sercon ainda choram sua morte e sofrem pela falta de elucidação do crime.
O assassinato do então prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés Costa, conhecido por Moisés da Sercon/MDB, ocorrido em 30 de agosto do ano passado, chega aos exatos 457 dias sem elucidação. São 14 meses de angustia e uma dor que jamais se acaba, apenas ameniza quando a policia descobrir e a justiça punir os responsáveis pelo crime que comoveu a primeira capital e abalou o Tocantins, com repercussão nacional.
Mensalmente familiares, amigos e simpatizantes vêm realizando manifestações pedindo justiça, tendo como resposta da Secretaria de Segurança Pública, repetidas justificativas, tais como: “Trata-se de um segredo de justiça”, “já temos uma linha de investigação”, “mais de 50% da investigação adiantada” e “muito breve estaremos apresentando a elucidação”.
Conforme tem apurado o mirajornal.com, Inconformada com a demora da elucidação, embora reconhecendo o esforço dos policiais civis, de forma sobremaneira, sem equipamentos e modernas tecnologias necessárias, a viúva Camila Fernandes e os irmãos de Moisés aceitaram a proposta dos demais integrantes da Família Costa, espalhadas por todo o país, para contratar uma investigação paralela, já em andamento.

Fidel Costa, irmão mais velho do prefeito assassinado, criou o ‘Instituto Moisés Vive’, para dar seguimento aos ideais do prefeito, um serviço Disk Denúncia, feita de forma anônima através dos números (63) 99996-48 e (63) 3218-2408, e abriu uma conta no Banco do Brasil (Agência: 0862-1 - Conta Corrente 35538-0), com objetivo de ajudar nos custos da investigação particular.
Miracema, 71 anos de vida; Moisés, um ano de morte.
Miracema, 71 anos de vida; Moisés, um ano de morte.

Antes de libertar-se do julgo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20. Já nos anos 40, o saudoso Américo Vasconcelos batizou o distrito com o nome de Miracema do Norte.
No Rio de Janeiro já tinha um município chamado Miracema (no Norte Fluminense). Como o governo Getúlio Vargas proibia a duplicidade de nomes, um fatídico decreto de dezembro de 1943, denominava o distrito com a toponímia de Cherente (com ch mesmo), que prevaleceu até 25 de agosto de 1948, quando os saudosos João Reis, Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo, foram buscar uma legenda com o então senador Domingos Velásquez, em Goiânia – já que o PSD e a UDN estavam nas mãos de um casal em Santa Maria do Araguaia – para disputar as eleições.
Contra tudo e quase todos, João Reis foi eleito prefeito e os quatro amigos elegeram-se vereadores. O primeiro ato foi a Resolução Nº 1, de autoria do vereador Delfino Araújo, que desmembrava o distrito, criando assim o município de Miracema de Goiás. O pós nome não agradou a população, quando um plebiscito promovido por Américo Vasconcelos, trocou por do Norte.
A partir daí, a pacata cidade ganhou projeção nacional, confrontando inclusive, sua homônima do Rio de Janeiro. Foi invadida pelas águas do Rio Tocantins, em 1980, quando ressurgiu das cinzas; foi cantada pela Banda Blitz na composição “A Dois Passos do Paraíso”; serviu de útero e berço para o nascimento do Estado do Tocantins, quando foi primeira capital, embora em caráter provisório.
Deixou de ser capital antes do tempo, devido a divergências entre os governantes estadual e municipal, e mergulhou num caos social. Mas, novamente ressurgiu das cinzas.
Tornou-se sede de uma subestação da Eletronorte, tem, em suas terras, a primeira Usina Hidrelétrica privatizada do País, construiu uma ponte sobre o Rio Tocantins, tem uma Universidade Federal, entre outros.
Hoje, os miracemenses revivem o julgo da tempestade: após eleger um promissor político para administrar a terra de Pedro Praxedes, com quase 85% dos votos, viu a esperança sucumbir por um tiro cruel e fatal, quando assassinaram seu prefeito de apenas 44 anos de idade, dias depois de comemorar os 70 anos de Miracema, inaugurando as obras que outros políticos prometeram, mas não cumpriram.
Neste dia 30 de agosto, ao completar um ano do crime ainda sem elucidação, essa tempestade volta a transbordar os corações dos miracemenses derramando angustia, dor e o sentimento de que, em Miracema, o crime compensa.
O que o jornal não contou
O que o jornal não contou

Na ação a promotora Sterlane de Castro Ferreira, teria pedido devolução “de R$ 1 milhão, perda de cargos públicos e a suspensão de direitos políticos de Saulo Milhomem, Edilson Tavares em 13 ações que incluem outros parlamentares e servidores do Legislativo”.
Naquela oportunidade, Magda Borba exercia o mandato de prefeita (2013/2016) e a presidência da Câmara foi exercida pelos vereadores, Alberane Borba, no primeiro biênio (2013/2014) e o atual secretário de Saúde Raimundo Dias Leal Júnior, no segundo (2015/2016). O atual prefeito Saulo Sardinha Milhomem, o atual presidente da Câmara Edilson Tavares e seu vice-presidente Adilson do Correntinho, naquele período, cumpriam mandato de vereador, assim como Maria Bala, Marlene Coelho, Nasci da Ótica, Pr.Huéder Noleto, Lourenço do Lavajato e Natan do Fórum.
O que não foi contado é que em 2014, conforme informou ao mirajornal.com, o vereador reeleito Adilson do Correntinho, juntamente com os então colegas daquela legislatura, Marlene Coelho e Saulo Milhomem, questionavam um suposto excesso de diárias praticadas pela presidência, culminando com uma denuncia que fizeram ao MPE (Ministério Público Estadual). Segundo Adilson, somente em 2017 a promotora Sterlane pediu aos edis que apresentassem documentos comprobatórios referentes a 2013 e 2014 e que “o MPE não deu resposta na época”, disse.
Conforme assegurou Edilson Tavares, desta vez “a Casa e os vereadores não foram notificados e que ficaram sabendo das ações através das redes sociais que passaram a repercutir a informação do jornal, provocando ‘mames’ e gozações diversas de opositores e desafetos políticos”, disse sugerindo a possibilidade de acionar o jornal judicialmente, acrescentando que até o titulo da matéria, fazendo referencia nominalmente ao prefeito e presidente da Câmara, provoca especulação e difamação ao poderes constituídos.
Na verdade, o MPE promoveu ações de denúncias, cabendo agora ao juizado específico aceitar ou não e a partir daí dar inicio a um processo de oitivas e apresentação documental.
As diárias para o exercício parlamentar são legais, desde que obedeçam a critérios regulados por lei. O abuso e o desvio são crimes contra o patrimônio público, acredito.
O mirajornal.com apurou com uma fonte contábil que, nos três últimos biênios, o Legislativo Municipal de Miracema do Tocantins gastou com diárias, valores aproximados de R$ 52 mil na presidência Alberane Borba (2013/2014); R$ 30 mil na presidência Leal Júnior (2015/2016); e R$ 8 mil na presidência Edilson Tavares 2017/2018.
Desrespeitaram, mais uma vez, a Constituição do Estado do Tocantins
Desrespeitaram, mais uma vez, a Constituição do Estado do Tocantins

Capital por Um Dia
A transferência da capital por um dia atende aos artigos 161 da Constituição Estadual e o 2º do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, que dispõem sobre a elevação do município à condição de Capital a cada ano. Miracema foi a Capital Provisória do Tocantins durante um ano, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989.
Naquela oportunidade, o líder político que abraçou a causa de Teotônio Segurado, então deputado federal José Wilson Siqueira Campos, principal contemporâneo para divisão do Goiás, foi o primeiro governador do Estado do Tocantins e teve a missão de escolher a capital. Porém, cultivava o sonho, assim como Juscelino Kubitschek, de construir uma cidade.
A despeito de Araguaína, Gurupi e Porto Nacional, que pressionavam para ser a capital do Tocantins, Siqueira Campos viu em Miracema, que nada postulava, a escolha ideal para agradecer o fiel escudeiro e médico, Raimundo ‘Boi’ Nonato Pires dos Santos, e ainda evitar empecilhos para construir uma cidade numa provável acirrada disputa entre os postulantes a sediar o Governo do Tocantins.
Assim foi feito: Naquele 7 de dezembro de 1988, a então pacata cidade de Miracema do Norte, após contatos telefônicos (Presidente Sarney/Siqueira Campos/Raimundo Boi), o nome Miracema ecoou em todo o Brasil, arrastando desbravadores, aventureiros, oportunista, investidores, empreendedores, sonhadores e toda espécie de gente de todos os lugares.
Neste solo nasceu os Três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), destes nasceram seus organismos.
Nesta terra foram plantados extensões do Governo Federal.
Enfim, o Tocantins nasceu aqui.
Miracema é mãe porque emprestou seu ventre para nascer um estado e foi berço porque amparou e protegeu esse estado.
Assim como uma mãe, teve um filho que dela nasceu, que amamentou e cuidou, sabendo que não era pra si, pois sabia do sonho de Siqueira, mas também sonhava que tivesse tempo de ser cuidada como mãe para ver seus filhos miracemenses nativos e adotivos, felizes e realizados. Mas o sacrifício não valeu à pena. Anteciparam seus dias de importância quando arrancaram-lhe o filho que tornou-se ingrato, injusto e envergonhado de lembrar-se de onde nasceu.
Era público e notório que Miracema seria capital provisória, até que se construísse uma cidade infra estruturalmente completa para transformar-se em capital definitiva.
Um desacordo de interesses, supõe-se, entre o então prefeito da cidade Sebastião Borba e governador Siqueira Campos, provocou a transferência da capital para Palmas, ainda inacabada.
Segundo analistas, o pivô do imbróglio foi o recurso que a cidade recebia de FPM (Fundo de Participação dos Municípios), por ser capital de estado, equivalente ao que recebia, por exemplo, Goiânia capital do Goiás.
Miracema passou a ser capital do Tocantins a partir de 1º de janeiro de 1989. Já no dia 20 de maio daquele ano, Siqueira Campos lançava a ‘Pedra Fundamental’ para a construção de Palmas.
Com as desavenças, intolerância e egoísmo dos protagonistas da decadência de Miracema do Tocantins, em 1º de janeiro do ano seguinte (1990), exatos 7 meses e 14 dias do inicio de uma obra que duraria pelo menos cinco anos, a capital foi transferida para Palmas, graças também a uma estratégia envolvendo Siqueira Campos e o prefeito de Taquaruçú, Fenelon Barbosa, a Câmara Municipal, além da Assembleia Legislativa do Tocantins, então presidida por Raimundo Boi.
Os Três Poderes estaduais tiveram seus organismos instalados de forma precária, sob barracões de madeira, em áreas inóspitas, entre lamas ou poeiras sazonais, com precariedade no abastecimento de energia elétrica, água e esgoto a céu aberto.
Enquanto isso, Miracema mergulhada num profundo caos a olhos nus, sofreu como uma mãe despejada pelo próprio filho, como uma noiva abandonada no altar.
Foram-lhe virando as costas investidores, políticos empresários e muitos que começaram ou ganharam peso e força aqui na terra de Pedro Praxedes.
Por sua vez, o Estado, tentando compensar um pouco do mal, versou em sua Carta Magna o Art. 161, que anualmente, nesta data, transfere a sede do Governo para a primeira capital.
Fato que somente acontece quando existe algum interesse por trás, mas na maioria das vezes não acontece, desrespeitam a Constituição do Estado, ou acontece acanhadamente com apenas um ou outro Poder Estadual.
Enquanto isso... mais um 7 de dezembro e as mesmas hipocrisia num altar de barro sob a chuva da esperança.
Esqueceram o dia hoje, ninguem fala, ninguem dá importancia; quem sabe porque as eleições deste ano ja aconteceram.
Jornalista José Carlos de Almeida
O Sonho não acabou (Quem e por que tirou a vida de Moisés)
O Sonho não acabou (Quem e por que tirou a vida de Moisés)

Miracema do Tocantins, nas últimas eleições apostou no novo, na mudança. Deixou de lado medalhões políticos da terra de Pedro Praxedes, para resgatar seus sonhos numa nova esperança.
Moisés jamais havia pleiteado um cargo eletivo. Foi abraçado pela cidade em 1.993, vindo de Centenário do Tocantins, com formação contábil, instalou seu escritório (Sercon), foi reconhecido, respeitado e convocado em 2.016, por um grupo insatisfeito com as duas facções políticas e tradicionais da cidade, para trazer o novo e mudar a sofrida primeira capital.
Assim foi feito, assim aconteceu. Foram mais de 84 % dos votos recebidos no município, tornando-o, proporcionalmente, um dos candidatos a prefeito mais bem votados do Brasil. Fato que o tornou cobiçado por figuras estaduais para um assento no Parlamento, e vulnerável a desafetos cujo inconformismo, despeito e inveja, quando menos, lhe sorriam xingando.
Acresce que, ao implantar uma gestão participativa, democrática e transparente, passou a incomodar mais.
Pagava servidores em dia, fato nunca ocorrido em Miracema. Implantou e fez funcionar os PCCS’s, negociou e pagos as dívidas herdadas e resgatou a adimplência do município a níveis estadual e federal.
Celebrava contratos via licitação, exercia prestações de contas ao TCE e cumpria a obrigação de abastecer o Portal de Transparência. Tudo isso, entremeados com obras, reformas e reparos realizados nas zonas urbana e rural em todo ano e oito meses de mandato até sua morte.
Além de tudo, renegociou coma BRK Ambiental, as dívidas do município com as antigas Saneatins e Odebrecht, conquistando ainda a parceria para pavimentação asfaltica e canalização de água e esgoto em toda a cidade, a começar pelo setor Santa Filomena;
Conquistou na Justiça os direitos do Município sobre tributação não cumprida por uma empresa que trabalhou no trajeto da Ferrovia Norte Sul que passa pelo município, recebendo sob custódia bens maquinários como garantia de pagamento, estimando em mais de R$ 20 milhões;
E conforme anunciou recentemente o deputado federal Carlos Gaguim, teria ganhado uma causa de ressarcimento de alguns milhões de reais de origem do INSS da Usina Hidrelétrica, construída no território miracemense.
São muitas conquistas realizadas e muito mais a realizar, deixando vulnerável um homem que abominava a violência, que nunca usou uma arma, embora tenha como esposa uma oficial PM.
Na véspera do aniversário da cidade, foi convidado pelo governador Carlesse para integrar seu grupo e representar Miracema junto ao Governo do Estado, comemorou e recebeu orações no evento 'Dia Municipal do Evangélico', discursou nas inaugurações da obras entregues nos 70 anos do município, quando pediu oração, comemorou e dançou com populares na festa de aniversário durante dia e noite do sábado 25 e n manhã seguinte ainda jogou futebol no encontro estadual dos vereadores. Estava muito alegre, bastante satisfeito e feliz por fazer sua gente feliz. Uma pergunta que não quer carlar: Quem e por que tirou a vida de Moisés ?
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