Pesquisadores descobrem a idade exata em que o cérebro começa a envelhecer mais rápido; saiba qual é
30/03/2025 18h07
Os cientistas chamam este momento de 'janela crítica' e tem início com a degradação das redes neurais do órgão
Cientistas descobriram a idade exata em que o cérebro começa a envelhecer rapidamente. Segundo eles, o início é caracterizado pela degradação das redes neurais complexas que compõem os cérebros a partir dos 44 anos e aumenta gradativamente até aproximadamente 67 anos. Depois desse ponto, o cérebro ainda envelhece, mas atinge um platô quando a pessoa chega aos 90 anos.
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Segundo os cientistas, esse momento, a partir dos 44 anos, é chamado de “janela crítica”. Eles chegaram a essa conclusão estudando os dados de ressonância magnética funcional (fMRI) de mais de 19.000 pessoas. Esse tipo de ressonância visualiza a atividade cerebral, ajudando os pesquisadores a identificar quais partes do cérebro parecem estar em declínio e, quando tiradas várias vezes, quando estão em declínio.
O estudo, publicado na Academia Nacional de Ciências Americanas, mostrou ainda que a resistência neuronal à insulina era o principal fator que impulsionava o envelhecimento acelerado do cérebro.
“Identificamos uma janela crítica de meia-idade, na qual o cérebro começa a experimentar um acesso decrescente à energia, mas antes que ocorram danos irreversíveis, essencialmente a 'curvatura' antes da 'quebra'”, explicou a autora principal Lilianne R. Mujica-Parod.
A equipe identificou ainda uma proteína que poderia ser protetora contra esse envelhecimento rápido, e ela funciona para transportar cetonas no cérebro. O órgão normalmente usa glicose como combustível, mas em uma emergência, ele pode usar cetonas – que são produzidas pela quebra de gorduras – e faz isso sem insulina.
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Os cientistas tentaram fornecer esse “combustível” alternativo durante a janela crítica em estudo clínico envolvendo 101 participantes de várias idades, dando-lhes cetonas ou glicose e fazendo exames de fMRI.
Naqueles com idade entre 60 e 79 anos, as cetonas fizeram pouca diferença na desestabilização da rede cerebral, embora alguns benefícios moderados tenham sido vistos naqueles com idade entre 20 e 39 anos.
No entanto, os maiores beneficiários foram observados no grupo de 40 a 49 anos.
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Os pesquisadores afirmam que, embora os resultados sejam promissores, este foi apenas um pequeno estudo e que são necessárias mais pesquisas, com grupos maiores de pessoas, para avaliar se isso pode vir a ser uma intervenção viável para atrasar ou prevenir o envelhecimento cerebral e doenças caracterizadas pelo declínio.
“Em vez de esperar pelos sintomas cognitivos, que podem não aparecer até que danos substanciais tenham ocorrido, podemos potencialmente identificar pessoas em risco por meio de marcadores neurometabólicos e intervir durante essa janela crítica”, afirma um dos autores do estudo, Botond Antal.
O GLOBO — São Paulo
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“Identificamos uma janela crítica de meia-idade, na qual o cérebro começa a experimentar um acesso decrescente à energia, mas antes que ocorram danos irreversíveis, essencialmente a 'curvatura' antes da 'quebra'”, explicou a autora principal Lilianne R. Mujica-Parod.
A equipe identificou ainda uma proteína que poderia ser protetora contra esse envelhecimento rápido, e ela funciona para transportar cetonas no cérebro. O órgão normalmente usa glicose como combustível, mas em uma emergência, ele pode usar cetonas – que são produzidas pela quebra de gorduras – e faz isso sem insulina.
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“Em vez de esperar pelos sintomas cognitivos, que podem não aparecer até que danos substanciais tenham ocorrido, podemos potencialmente identificar pessoas em risco por meio de marcadores neurometabólicos e intervir durante essa janela crítica”, afirma um dos autores do estudo, Botond Antal.
O GLOBO — São Paulo
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